O que vi nos bastidores do futebol...

Na verdade, o título e a chamada desse alerta dos bastidores do futebol deveria ser, O QUE VI E O QUE OUVI, mas prefiro ficar com o que vi. 

Todos sabem que há muito, venho resistindo ao futebol, minha paixão de infância, adolescência e juventude, acreditando sempre que um dia pudesse melhorar...

Entretanto, o futebol e creio eu, o esporte como um todo, não seja diferente. 

A doce ilusão de ser como Pelé, Rivelino, Zico, Romário, Maradona, Messi e Ronaldinho Gaúcho é Ilusão por excelência.

O ambiente do futebol, quer seja externo, interno e/ou administrativo, sempre foi podre, como podre são quase tudo na vida.

Não pensem vocês que no esporte, não exista prostituição, discriminação, pedofilia, drogas, exploração, escravidão e uma série de outras situações negativas, vendidas como paixão positiva, como querem crer milhões e milhões de admiradores e admiradoras, mundo afora.

O futebol é uma "casa da luz vermelha" como os antigos arredores do Porto de Corinto, nos primórdios do cristianismo.

Isso tanto no ambiente profissional, como no amador.

Não vou entrar em detalhes, pois "quem põe a mão no arado, não deve olhar para trás". Nem adianta a FIFA ou qualquer outro órgão me pedir provas, pois além de jornalista, sou advogado e tenho prerrogativas de apaziguar e compor conflitos e de não fomentá-los.

Mas, não posso deixar de alertar, que o que presenciei em quarenta anos de militância no futebol, não foi nada de MAR DE EMOÇÕES E MARAVILHAS APENAS.

O futebol tem seu lado 90% obscuro, como qualquer atividade na vida.

Se como advogado, convivo com situações conflitantes cabeludas, no futebol e na crônica esportiva, não foi diferente.

Não estou aqui, cuspindo no prato que comi. Sempre fiz o que amo e nunca o fiz por paga, mas por crer que poderia colaborar como trigo sem se envolver com o joio.

Os casos denunciados hoje, são "cafezinho carioquinha", perto do que eu e meus companheiros de imprensa (ou pelo menos, muitos deles), assistimos e presenciamos no meio esportivo, pelo menos, em quarenta e cinco anos que militei como repórter, locutor, pesquisador e cronista esportivo.

Minha decisão de me afastar definitivamente desse ambiente, foi em razão da comorbidade que adquiri e a idade que cheguei, precisando cuidar mais da minha saúde, longevidade e da final da partida e dos acréscimos do jogo, haja vista, que uma excelente safra de profissionais jovens já dominam o mercado e merecem consubstanciar suas experiências, tal como eu o fiz.

Por fim, quero deixar claro que não é mágoa, nem desrespeito ao esporte. É um alerta para os que dele querem viver e buscar o pão de cada dia.

O futebol em particular é um labirinto de controvérsias. E quem nele quiser militar, em qualquer dos setores, saiba que o ambiente é insalubre e necessita de imunização periódica.

Tem seu lado bom? Claro que sim! Mas a podridão não é diferente à um "chiqueiro de porcos", no qual o produto final é um delicioso torresminho ou uma costelinha saborosa.

Que isso fique bem claro!

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