Férias dos advogados: um presente de grego
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| Arte: Banco de Imagens da Internet |
Motivos:
Os profissionais liberais não têm salários; não recebem Décimo Terceiro; não recebem 1/3 das férias, suas despesas são dioturnas e seus serviços diminuem e para piorar, em janeiro temos IPVA, IPTU, despesas escolares, gastos extras com às despesas das festas e a lentidão da justiça, que em novembro, como uma locomotiva, pára, entra em recesso e regime de plantão e só volta a circular em ritmo de aceleração leve a partir do dia de São Sebastião (20/01) e só ganha recuperação plena, pós semana posterior à do carnaval.
Em anos eleitorais, a situação piora ainda mais: praticamente quase todos os juízes são requisitados ao TSE e 50% da produtividade é prejudicada.
Nesse diapasão, como dizem os próprios magistrados, a justiça que já é lenta e até entendemos que o deva ser, sob pena de decisões e sentenças precipitadas, praticamente caminha a passos de "bicho preguiça" e não mais de tartaruga.
É uma dicotomia que precisa ser melhor analisada, pois causa desequilíbrio profissional, excesso de retardado na distribuição da justiça e por aí vai.
Para se ter uma ideia, em trinta anos como advogado, eu protagonizei o encerramento de dois inventários: um de 1962, quando sequer era nascido e, agora, mais recente, um de 1989.
Em tempos de IA (inteligência artificial) e de velocidade digital, isso é inconcebível.
Se duvidam de minha articulação jornalística, façam um censo de andamento judicial.
Reisinaldo Esteves - advogado, jornalista, radialista, contador, professor e formado em ciências políticas pela Escola Superior de Guerra do Rio de Janeiro

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