Um quarto do ano vai chegando ao final
Os relógios continuam os mesmos e o tempo não mudou nada. Mas o que nos dá a sensação de uma velocidade exacerbada nos tempos atuais?
Óbvio que o fator é meramente psicológico e fruto do acúmulo de atividades ativas e até negativas que vivenciamos diariamente.
A sensação de pressa, ansiedade, medo e de resolução rápida das coisas que nos cercam, nos torna mais ágeis a ponto de esquecer a hora e se concentrar nas ocupações, quer sejam ativas ou inativas fúteis.
Às novidades especulativas nos consomem tempo de observação e de reflexão inúteis, mas nós distrai a ponto de não observarmos o tempo passar.
É uma espécie de PASSA TEMPO INÚTIL, como os famosos livretos e fotonovelas de outrora, que eram chamados de cultura inútil.
Por outro lado, a velocidade tecnológica de conclusão de tarefas úteis, também nos leva a assumir novas empreitadas paralelas que dispersam nossa atenção no passar do tempo.
Com isso pouco nos ocupamos com o ócio e não percebemos o passar dos minutos, horas, dias, meses e anos.
Benefícios por um lado, desgaste mental e neurológico por outro.
Daí as muitas frustrações, depressão, ansiedade e consumo de energia, que tem levado a juventude a não aguentar a pressão.
Estabelecendo um comparativo chulo, mas real, poderíamos citar como exemplo rápido e iminente, os animais de corte, produzidos em confinamento.
O frango por exemplo, atingia o ponto de abate, nos anos 70, após 120 dias na granja. Hoje, se eles superarem 40 dias (um terço), eles correm riscos de vida, prejuízo e excesso de peso no mercado.
Em outras palavras, nós humanos estamos absorvendo maior responsabilidade mais cedo, nos desgastando e explodindo nossa sabedoria de uma forma mais rápida, com o surgimento de novas situações e, não estamos suportando a pressão da velocidade tecnológica que está consumindo nossos neurônios.
Infância, lazer, família, adolescência, aprendizado artesanal, namoro, noivado estudo natural e casamento sólido foram descartados.
A velocidade da tecnologia e da ansiedade não nos faz esperar nem mesmo o sexo do bebê no ventre materno e, a partir daí os atropelos de um planejamento natural tomam conta do nosso dia a dia.
Com isso, nossas decisões se tornam precipitadas, nossos atos impensados e como consequência, os resultados, na maioria das vezes, frustrados.
Precisamos repensar nossa rotina... Ou, falei alguma besteira?...

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