Cidade está perdendo sua identidade

A cidade de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio de Janeiro vem perdendo sua identidade, história, pujança e se transformando numa "vila fantasma" que cresce como rabo de cavalo, como diz o populêz.

O Município que já foi o maior parque avícola do Estado, um dos maiores produtores de hortigranjeiros que abastecia a Ceasa-RJ, o maior produtor de café torrado e moído da região e ostentou por anos um nível de cidade em desenvolvimento, acumula déficit na cultura, saúde, lazer, crescimento populacional e oportunidades de trabalho.

Abandonada pelos governos estadual e federal acima de tudo, São José não possui mais telefonia fixa, banda larga por fibra ótica da Claro, Vivo, Oi e Tim e, o Município tem o preço de combustíveis e de cesta básica mais cara, do Estado.

Há quem acha que a cidade vai muito bem, obrigado, mas a realidade é bem outra. Quem assumir em janeiro de 2025, se não segurar a onda, poderá sair do gabinete preso ou apedrejado pela população.

O atual prefeito só está conseguindo gerir o Município, porque possui mãos de aço, em gastar apenas o que arrecada e não vê a hora de completar seu mandato.

Com um Legislativo sem parceria e um Ministério Público que emperra às iniciativas de governo, São José do Vale do Rio Preto tem vivido de mesada e de recursos públicos próprios, sem qualquer sensibilidade dos Governos do Estado e Federal, no que diz respeito à investimentos e infra estrutura.

Às estradas estaduais que cortam o território vale-riopretano, estão abandonadas pelo DER-RJ; a ponte que caiu por ocasião das chuvas há 12 anos foi reerguida pela Prefeitura Municipal, mas um imbróglio judicial, a mantém fechada e, 70% do território de Vila do Pião, que pelo IBGE, pertencia a Petrópolis e, por via de regra a São José do Vale do Rio Preto, foi garfado (com o perdão da expressão) por Sapucaia e Teresópolis.

A Viação Progresso e a Viação Teresópolis, que atendem à população, reduziu os horários por ocasião da pandemia e nunca mais restabeleceram o serviço à contento.

O comércio é frágil e não oferece competitividade com às cidades vizinhas.

O turismo do Município acabou. Os Hotéis Fazendas estão se transformando em loteamentos e objeto de interesse de especulação imobiliária. Os centros comerciais estão enfraquecidos. O único shopping do Município, fecha aos domingos e feriados e, até o turismo religioso caiu na base de 100 para 35%.

Os jovens da cidade, além de migrarem para cidades vizinhas em busca de educação, trabalho, renda e lazer, estão provocando um êxodo absurdo.

Três situações continuam bombando na cidade: consumo de bebidas e drogas, academias de musculação e baderna de desocupados em carros e motos.

Infelizmente, essa é a análise que podemos fazer hoje (dia do padroeiro), da cidade de São José do Vale do Rio Preto 😔.

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