Super valorização da medicina gera óbice para o surgimento de novos e bons profissionais

Sabemos que a necessidade de profissionais na área médica é de suma importância para o Brasil e o mundo. Não mais nem menos do que qualquer outra ciência, porém vital para a sociedade, como um todo.

Ocorre, entretanto, que a elitização e a super valorização específica dessa área profissional e científica, sobretudo no Brasil, está gerando óbices ao surgimento de novos profissionais habilitados a dedicar-se à profissão.

O primeiro deles é o custo financeiro da preparação universitária e acadêmica. Monstruosa e fora da realidade da classe média;

O segundo é a integralidade do ensino que não permite sequer, o chamado jovem aprendiz, que já poderia começar como, auxiliar de enfermagem, para medicina, enfermagem e medicina clínica, que já integraria o estudante no ambiente hospitalar, de forma remunerada e permitiria que o profissional já passase um estágio, inteiro, dentro dos nosocômios se familiarizando com o universo medicinal;

Finalmente, um sistema de residência tardio que impede qualquer profissional de adentrar ao mercado de trabalho com segurança e expectativa de êxitos.

O Brasil e o mundo precisa repensar a formação dos talentos da medicina, sem se preocupar com o produto final econômico e do vil metal que elitiza a profissão e torna os profissionais acima do bem e do mal.

Outra coisa: qualquer profissão tem que combinar três características indispensáveis: vocação - amor - riscos diversos. É assim em qualquer trabalho. A insalubridade e os riscos existem em qualquer oficina ou campo de trabalho.

Precisamos acabar com a qualificação exacerbada de determinados setores e entender que todo trabalho é digno e merecedor de tratamento equânime.

Aliás, no setor biomédico o paciente deve ser o primeiro objeto de informações clínicas e de cura, como já acontece na psicologia e outras atividades afins. Os médicos não são deuses e nem podem ser culpados pela inércia dos pacientes que abusam de atentar contra sua própria saúde.

Precisamos deixar de ser protecionistas...

Um exemplo: essa endemia de dengue que assola o Brasil em várias regiões. A sociedade precisa ser cobrada e punida por não observar o cuidado objetivo necessário consigo mesma.

Se já estamos cobrando a conservação do meio ambiente e dos maus tratos com a flora, a fauna e os animais domésticos, porque, tanto quanto, não punirmos o auto flagelo dos homens?

Posso estar errado, mas precisamos repensar o programa de saúde humana no Brasil e no Mundo...

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