Será que a locomotiva embala?

O Brasil tem a fama de que o ano civil produtivo só começa após o carnaval e termina em novembro, com a preparação para o Natal.

Óbvio que isso acontece no setor público e na cabeça das pessoas. O ano letivo influencia muito nessa mentalidade e o setor agrícola e do campo, não estão contidos, nem influenciam nessa mentalidade idiota.

Aliás, justifica-se a condição do setor rural influenciar positivamente no PIB brasileiro. Na roça o trabalhador não para nem tem mordomias.

Verdade ou lenda, a grande realidade é que essa situação tem gerado transtornos ao crescimento econômico, social, cultural, moral, legal e até de humanização do nosso povo. 

Parar qualquer setor, por mais simples que seja, gera transtornos inter setoriais irrecuperáveis. E nesse particular, não refiro-me apenas economicamente, mas dos mais diversos.

Penso que a rotatividade do lazer, do descanso e do setor produtivo, sobretudo num país tropical deva acontecer o ano inteiro, aproveitando o calendário civil e os respectivos feriados de forma a não ter lacunas tão extensas. Nem mesmo no setor educacional.

Lembro-me que na minha infância, só parávamos aos finais de ano, por ocasião do Natal e um breve intervalo letivo, como acontece em julho.

Nas escolas, às aulas eram das 7h ao meio dia e das 12h10 às 17h10. No período noturno, das 18h10 até às 22h20, com um intervalo bem menor.

No trabalho o expediente era das 7h às 17h, com uma hora para almoço. Aos sábados, a jornada convencionada era das 7h às 11h.

Claro que não precisamos retroagir à escravidão. Muito pelo contrário, às conquistas são válidas e podemos flexibilizar o setor produtivo, como se acontece atualmente, porém, existem atividades em que às cargas são super exaustivas e outras que praticamente caminham a passos de tartaruga.

Às férias, já que existem setores de recessos periódicos, deveriam ser compensadas, ao passo que àqueles que não podem parar, também sejam beneficiados com uma compensação periódica.

O que questionamos é o desequilíbrio da máquina produtiva em razão de sobrecargas temporárias que sacrificam o homem e a sociedade. A alta temporada tem que ser compensada e redistribuída, com o fim de não permitirmos excessos à uns e aos outros, nem à este e àquele setor. Sobretudo, no Brasil, onde às questões climáticas são favoráveis e, o uso de tecnologias podem ser utilizados com parcimônia. 

Se exportamos nosso raciocínio, com o uso da inteligência artificial (IA), nem mesmo os países e às sociedades menos favorecidas, serão privadas de bem estar.

Precisamos nos humanizar de forma equitativa a não sermos pedra de tropeço para ninguém.

Para finalizar, um texto de Charles Chaplin: "Lembrai-vos que não sois máquinas. Homens é que sois."


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