Jornalismo no Brasil continua medíocre e está virando tendência explícita

Como jornalista, além de advogado, posso afirmar sem sombra de dúvidas que os jornais brasileiros estão explicitamente assumindo tendências políticas.

Se em outrora, isso sempre existiu de forma sutil, hoje às coisas mudaram. 

O grande número de articulistas de opiniões e assuntos específicos, que escrevem sob a mesma forma que eu faço no meu blog, é a prova maior disso que estou relatando. Motivo pelo qual, ao final de cada artigo assinado, cita-se a observação: "A OPINIÃO DO AUTOR NÃO CORRESPONDE PROPRIAMENTE AO DO VEÍCULO QUE O PUBLICA".

Com essa postura, os jornais acabam por adotar articulistas de opiniões intrínsecas ao da editoria, sem dar conotação expressa de tendência. Porém, para quem sabe ler, um pingo é letra.

Vários periódicos e revistas já perderam a credibilidade e a marca por causa dessa postura e outros insistem em manter-se no erro. Mediocridade pura.

Acredito que não existe independência de expressão, quando o jornal exacerba em suas chamadas de primeira página, destaques de opiniões internas de seus articulistas.

A chamada principal sequer deve estampar opinião, mas, exclusivamente, fatos. Até os editoriais, devem restringir-se a eventuais posturas de isenção jornalísticas e jamais de tendências de qualquer espécie.

Pelo menos, foi isso que aprendi em quarenta e cinco anos de jornalismo.

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