Anular-se não é a melhor opção
Diante de muitos conflitos particulares, familiares e social, cada vez mais pessoas estão mergulhando na fé, na depressão, no medo e até preferindo anular-se.
E esse anular-se, leia-se, se fechar, suicidar-se e procurar uma situação de fuga do dia a dia, em contagem regressiva das horas, sem qualidade de vida e fechadas em si próprias.
Muitas das vezes, sequer seus familiares mais queridos tomam conhecimento da real situação, por falta de confiança, diálogo e interação sob o mesmo teto.
Com o advento da pandemia, a cada 10 clientes que adentram no meu consultório de advocacia (e olha que nem psicólogo eu sou), sete deles buscam soluções de extrema divisão e isolamento parcial e/ou total.
Às fantasias das redes sociais são o isolamento mais procurado pelas pessoas, procurando informações concretas, mas, em meio à discrição. Muitas pessoas revelam que preferem se relacionar virtualmente, se informando no trancafiado de seus leitos, do que saírem e buscarem convivência, com medo da exposição e da falta de segurança.
Outros que se atrevem a se relacionar o mínimo, por medo, ainda contraem aborrecimentos e mais pavor ainda.
Assim vivem uma grande parcela da sociedade, inclusive jovens, que destemidos em outrora, vivem sob o pavor do hoje de suas histórias.
Não acredito que as experiências em consultórios outros e, inclusive de análises, esses números sejam diferentes.
Em meio a tudo isso, me questiono: essa fuga ou auto fuga seria a melhor solução?... penso que não.
Nem vou analisar instituições seculares virtuais, mas, às próprias instituições religiosas das mais diversas, que com suas lives e "cursos" (entre aspas), prometem soluções mirabolantes, que ao invés de cura, acabam por aumentar às crises existenciais das pessoas, levando -as ao desatino, como já articulamos aqui em outras oportunidades.
Particularmente, em meu consultório, oriento a todos a fazerem o que eu faço, ou seja, procurar profissionais especializados e com coragem, enfrentar seus desafios.
Não vou negar que também sou vítima do sistema. Mas, meus cabelos brancos me fizeram e me ensinaram a procurar não o caminho fácil, mas o correto.
Que possamos refletir sobre isso e com ajuda da fé discernirmos melhor, nossas escolhas. Assim seja!

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