Economia atrofiada afeta até classe média alta

Com o advento do programa de recuperação de crédito do governo federal, nós, profissionais especializados nessa área estamos sendo procurados e requisitados por todos os lados.
Não obstante, o trabalho ser apenas de orientação, profissionalmente sequer podemos cobrar honorários. Até porque, para "quem já está na lona", devendo e de cabelos em pé com dívidas como pode ter recursos para fazer frente aos advogados?
Entretanto, nossa curiosidade ao articular esse assunto, não mora na questão profissional, mas principalmente, no grande número de inadimplentes e devedores.
Pior que isso, o nível social dos que mais estão enrolados é exatamente a classe intermediária, compreendida pelos "Classe Média Alta".
Em outras palavras, tem muita gente desfilando de carrão, casarão, pompa e, sem descer do salto, devendo o cabelo da cabeça.
A crise atinge muita gente com apartamentos em regiões nobres, casa de campo e de praia e, principalmente servidores aposentados, pensionistas e profissionais liberais descartados do mercado de trabalho.
É incrível a constatação, mas, a situação é pior do que pode parecer.
A gente que trabalha em toda a Região Sudeste e principalmente, atua na área agrícola, se surpreende com a adimplência dos proprietários rurais e a inadimplência dos urbanos.
Até os parceiros e arrendatários rurais, ou seja, àqueles que lidam direto com a terra e a produção no campo, são mais adimplentes do que os "engomados e metidos a besta", como se diz no popular.
Particularmente eu já venho observando isso há anos, pela minha experiência, com bancário, contador e advogado do interior. Mas, com o advento da pandemia e seus efeitos, à população intermediária, ou seja, àquela que representa o miolo das classes sociais, detém o maior índice de inadimplência.
Se nas cidades de médio a grande porte isso vem acontecendo, nas de pequeno porte, e chamadas de cidades dormitórios, a situação é pior ainda.
Minhas cidades, natal e emancipada (Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto), na Região Serrana Fluminense, são exemplos vivos de redução de pelo menos 55% na economia local.
Outra, a vizinha Teresópolis, também perdeu o equivalente à metade de sua capacidade econômica.
Óbvio que o maior peso em relação às situações elencadas se deve à pandemia, mas, a má gestão, sobretudo dos governos estaduais e Federal, são os principais fatores do sucateamento econômico do Brasil e do Mundo.
Para finalizar, há que se considerar que as coisas ainda não chegaram ao fundo do poço, mundialmente falando, mas, internamente falando, o Brasil tem sobrevivido com medidas paliativas.
Não sabemos até quando. Mas, essa é a triste e dura realidade conjuntural que nos acomete.

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