O que seria do beijo roubado de outrora?...

A frieza dos homens e mulheres não se limitam aos ambientes, religiosos, familiar e escolar apenas. Toda sociedade mundial está corrompida.

O que seria do épico "beijo roubado" do cavalheiro em relação à dama dos anos 50 e seguintes?... O que seria das rosas ou flores angariadas de forma repentina nos jardins das casas de quintal abertos e, oferecidas às pretendidas de outrora? Ou ainda, os bilhetinhos recolhidos pelos garçons e entregues ao rapaz e/ou a moça, nos áureos tempos?... Mais, o que seria das fãs e dos fãs que roubavam beijos de seus artistas e ídolos prediletos, ao final dos shows e, apresentações em palcos e locais de apresentação?...

O que seria das pessoas que realizavam tudo isso, em tempos conservadores e, que a própria sociedade sempre classificou como, admiração, glamour, realização de um sonho impossível ou, galanteio?...

O que seria do famoso "Beijoqueiro", figura emblemática do Brasil, do final do Século XX, já falecido, que mundo a fora, vivia furando barreiras e beijando personalidades das mais diversas, sendo apenas detido por seguranças, mas, preservado de sua liberdade de manifestação e carinho?

O que havia de assédio e crime em tudo isso?...

Pois é, com o advento do falso moralismo que invadiu a sociedade mundial como um todo, tudo aquilo que em outrora era recebido com carinho e até, valorização da figura do outro, está virando assédio.

Eu, vejo tudo isso como frescura e oportunismo. Mas, respeito os que pensam diferente.

Vivi a época de ouro, da qual estamos refletindo e, discordo do que hoje é taxado como violência à liberdade individual.

A grande realidade é que o individualismo e o relativismo estão roubando os gestos de carinho e afeto, recíprocos de outrora, e dando lugar à contenda, ao ódio à mágoa e, no campo psicológico, ao preconceito, à depressão e à falta de amor ao outro e à outra.

Não tem outra assertiva. Às pessoas estão frias, individualistas, cheias de não me toques e, isso tem caminhado na direção oposta à solidariedade, ao amor, ao verdadeiro afeto e, volto a afirmar, ao preconceito generalizado.

Tudo é crime! Tudo é invasão de privacidade e, às pessoas que são seres necessitados da inserção na sociedade, são cada vez mais acometidas pelo medo de se relacionarem umas com às outras.

Óbvio que o assédio existe. Mas, precisamos medir de forma prudente, seu início e seu desenvolvimento.

Uniformizar o assédio é castrar a espontaneidade e, a naturalidade de comportamento das pessoas, que, como às crianças e, até os animais irracionais desenvolvem de forma natural.

Precisamos debater melhor esses assuntos, sob pena de engessar e calcificar a sociedade como um todo.

Nem os primatas se comportavam de uma forma tão radical em relação às suas aldeias e às aldeias vizinhas, como acontecem hoje, na sociedade contemporânea.

Uma sociedade fria é uma sociedade engessada!

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